Sem eufemismos: não aos combustíveis fósseis, sem redução da pegada de carbono, sem soluções falsas
Vamos lutar por 1,5
Precisamos de zero emissões de carbono, não de emissões reduzidas.
Sejamos realistas: nenhum novo investimento em combustíveis fósseis ou infra-estruturas
Rejeitar soluções falsas: não aos mercados de carbono e tecnologias arriscadas e não comprovadas
Vamos reestruturar o sistema: Queremos uma Transição Justa agora!
Vamos começar a Transição Justa
Justiça climática global: reparações e redistribuição às comunidades indígenas e ao Sul Global
Distribuição justa do esforço entre países ricos
Cancelar as dívidas do Sul Global a todos os credores
Financiamento climático baseado em subsídios para o hemisfério sul
Reparações por perdas e danos já ocorridos no Sul Global
REESTRUTURAR O SISTEMA: QUEREMOS UMA TRANSIÇÃO JUSTA AGORA!
Precisamos de uma Transição Justa liderada pelxs trabalhadorxs: reestruturar o nosso sistema de forma a enfrentar a injustiça, a pobreza e a desigualdade. Isto significa afastar-se da indústria dos combustíveis fósseis e investir em energias renováveis para criar empregos e serviços verdes decentes e sindicalizados. A reconfiguração do sistema deve centrar-se e valorizar o trabalho de prestação de cuidados que atualmente é predominantemente realizado por mulheres, migrantes e pessoas racializadas para trabalho não remunerado ou mal remunerado, desde os cuidados de saúde até ao trabalho doméstico. Mas estas novas infraestruturas e serviços não podem ser construídas apenas no Norte Global com a extração de recursos e violações dos direitos humanos no Sul Global. A justiça local e global deve estar no centro desta transição, através de sistemas energéticos descentralizados de propriedade das pessoas, da expansão dos serviços de cuidados, da alimentação de origem local, e de habitação e transportes públicos verdes e acessíveis.
JUSTIÇA CLIMÁTICA GLOBAL: REPARAÇÕES E REDISTRIBUIÇÃO ÀS COMUNIDADES INDÍGENAS E AO SUL GLOBAL
A ação climática deve basear-se em quem tem beneficiado historicamente e quem tem sofrido. Os Povos Indígenas têm estado na vanguarda das causas profundas das alterações climáticas desde há séculos. Os Povos Indígenas, as comunidades da primeira linha e o Sul Global não podem continuar a pagar o preço da crise climática enquanto o Norte Global beneficiar; de facto, as perdas e danos devem ser compensados. A redução das emissões de carbono de cada país deve ser proporcional à sua quota-parte: com base no quanto contribuíram para a crise climática com as suas emissões passadas. Temos de cancelar as dívidas do Sul Global por todos os credores e os países ricos têm de fornecer financiamento climático adequado baseado em subsídios para que aqueles que se encontram na linha da frente da crise climática possam sobreviver. Temos de enfrentar a perda de vidas, meios de subsistência e ecossistemas que já ocorrem em todo o mundo através de um compromisso colectivo de providenciar reparação por perdas e danos no Sul Global.